Conheça os EPIs para Bombeiros

Os bombeiros são responsáveis por combater diversos tipos de emergências e perigos que ocorrem nas cidades. Além de prevenir incêndios e combatê-los, salvam inúmeras vidas e exercem diversas atividades de risco. Para que o trabalho seja realizado com tranquilidade e segurança é preciso de uma proteção especial no dia a dia desses profissionais tão corajosos.

A vida dos bombeiros não é fácil, é uma profissão que exige muita disciplina, coragem, raciocínio rápido e resistência física. Existem diversos tipos de bombeiros e funções estabelecidas para cada um. Porém, a certeza é que para enfrentar as atividades da sua rotina de trabalho é preciso estar preparado, equipado e devidamente protegido.

Os equipamentos de proteção individual, usualmente identificados pela sigla EPI e os equipamentos de proteção respiratória (EPR), formam os recursos amplamente
empregados para a segurança do trabalho nos serviços de bombeiro.

Em virtude das particularidades que envolvem tais serviços, são fundamentais para a preservação da incolumidade dos mesmos contra os mais variados riscos, aos quais estão sujeitos no atendimento de ocorrências.
Quando os equipamentos de proteção coletiva (EPC) não são aplicáveis ou não se encontram disponíveis para neutralização de riscos que comprometem a segurança e a saúde dos bombeiros, sobressalta-se a importância dos equipamentos de proteção individual e de proteção respiratória.

Primando pela qualidade do EPI/ EPR e segurança do usuário, além de ratificar a confiabilidade no desempenho dos referidos materiais, é importante que os responsáveis
pela aquisição exijam que os EPI’s possuam o Certificado de Aprovação (CA) expedido pelo Ministério do Trabalho e o Certificado de Registro de Fabricante (CRF), ou ainda as
certificações internacionais para equipamentos específicos.

Importante salientar que os equipamentos de proteção individual e de proteção respiratória não impedem que um acidente ocorra, mas reduzem sobremaneira suas
conseqüências, evitando ou diminuindo as lesões físicas potenciais.

Os equipamentos de proteção individual e de proteção respiratória devem ter boa resistência, simples manuseio e permitir condições de fácil manutenção.

O usuário do equipamento de proteção individual e de proteção respiratória deve atentar para o fato de que cada equipamento foi concebido para uma finalidade
específica, não podendo desviar seu emprego e desrespeitar os limites de utilização.

Conhecer as limitações do EPI e EPR que esteja utilizando apresenta grande importância, pois é uma forma de evitar acidentes e danificar os materiais. Por isso é vital
estabelecer e conhecer as especificações técnicas para que os equipamentos atendam às reais necessidades dos serviços de bombeiros. Elas devem ser exigidas por ocasião
da aquisição, necessariamente escritas no idioma português.

Para o correto uso dos equipamentos de proteção individual e de proteção respiratória devem ser considerados os aspectos técnico, educacional e psicológico.

O aspecto técnico está voltado para a determinação do tipo de material a ser empregado, face aos riscos que se pretende neutralizar ou atenuar. Considera a
capacidade dos equipamentos e o conforto que devem oferecer ao bombeiro, garantindo lhe autonomia e liberdade de ação.

Quanto ao aspecto educacional, embora os equipamentos sejam tecnicamente selecionados, os bombeiros devem ter exatas noções sobre a finalidade de emprego,
correta operação e a necessária manutenção. Isto é alcançado por meio de treinamento teórico e prático, além de exercícios constantes.

O aspecto psicológico é aquele a ser enfatizado nos treinamentos para que o bombeiro adquira confiança no equipamento e tenha consciência de sua utilidade.
Psicologicamente preparado, o bombeiro usará os equipamentos nas mais diversas condições e procurará mantê-lo sempre em condições de uso.

Para a proteção do bombeiro em ocorrências que envolvam sua exposição a ambientes com temperaturas elevadas, portanto sujeito aos efeitos nocivos do calor, são
necessários equipamentos de proteção individual que propiciem, efetivamente, a proteção de toda superfície corporal.

Os equipamentos de proteção individual são compostos de:

a) capacete, que ofereça proteção adequada para a cabeça, face e olhos quanto a exposições ao calor e a impactos, sem contudo reduzir a capacidade de audição e
visibilidade por parte do bombeiro.

b) capuz, que ofereça proteção adequada para a cabeça e pescoço quanto a exposições ao calor e que seja de fácil colocação bem como confortável.

c) capa ou jaqueta, que ofereça proteção adequada para o tronco e membros superiores quanto a exposições ao calor, bem como razoável proteção química contra substâncias
que possam haver no local de ocorrência, sem contudo reduzir a capacidade de mobilidade do bombeiro, devendo ainda ser confortável, leve e de fácil colocação.

d) calça, que ofereça proteção adequada para o quadril e membros inferiores quanto a exposições ao calor, assim como razoável proteção química contra substâncias
que possam haver no local de ocorrência, sem contudo reduzir a capacidade de mobilidade do bombeiro, devendo ainda ser confortável, leve e de fácil colocação.

e) luva, que ofereça proteção adequada para as mãos quanto a exposições ao calor, objetos cortantes ou perfurantes e razoável proteção química contra substâncias
que possam haver no local de ocorrência, sem contudo reduzir a capacidade de maneabilidade do bombeiro, devendo ainda ser confortável, leve e de fácil colocação.

f) bota, que ofereça proteção adequada para os pés quanto a exposições ao calor, objetos cortantes ou perfurantes, além de razoável proteção contra substâncias
químicas que possam haver no local de ocorrência, sem contudo reduzir a capacidade de maneabilidade do bombeiro, devendo ainda ser confortável, leve e de fácil colocação.

Além dos equipamentos de proteção individual (EPI) adequados para os serviços de bombeiros, esta postagem trata também dos equipamentos de proteção respiratória utilizados nas operações de combate a incêndio e salvamento.

Os equipamentos de proteção respiratória mais utilizados por bombeiros são os aparelhos autônomos de ar respirável, também conhecidos como “conjuntos autônomos”.

Existem outros equipamentos de proteção respiratória, mas não são tratados neste manual, por não serem adequados para todas as condições de emergências.
São mencionados apenas para fins de conhecimento geral.

Classificação dos equipamentos de proteção respiratória:

Independentes: aqueles cuja utilização não depende das condições ambientais, os equipamentos independentes podem ser subdivididos em:
a. aparelho autônomo de ar respirável.
b. equipamento de respiração com mangueira com ar aspirado.
c. equipamentos por adução de ar (“linha de ar mandado”).

Dependentes: aqueles cuja utilização depende do ambiente onde o bombeiro irá trabalhar e podem ser subdivididos em;
a. máscara facial com filtro.
b. máscara semifacial com filtro.

Aparelho autônomo de ar respirável.

O aparelho autônomo de ar comprimido consiste de um cilindro montado num suporte , fixado por meio de duas cintas metálicas de rápida abertura.
O suporte é trensportado pelo bombeiro, utilizando-se uma alça em cada ombro e um cinto ajustável na altura do abdómen.

É um equipamento que se caracteriza pela total mobilidade que fornece ao bombeiro, combinada com uma razoável autonomia de tempo para a execução de atividades de combate a incêndios, salvamento e atendimento de emergências químicas.

Ao abrir a válvula de alta pressão do cilindro, o ar que passa pela mangueira flexível até a válvula de demanda, de onde é canalizado para um alarme de baixa pressão e, por outra mangueira, até o manômetro a  vazão principal do ar passa pela válvula de redutora de pressão até a válvula de demanda, a qual automaticamente fornece a pressão positiva ao usuário, após a primeira inalação.

A máscara facial, em que a válvula de demanda é conectada, abrange:
1. Máscara interna.
2. Transmissor de voz
3. Entrada de microfone.

Ao inalar, o ar é fornecido pela válvula de demanda e entra na máscara facial, invadindo a parte interna do visor (isto previne que ela fique embassada). Na exalação o ar passa para o exterior, através de uma válvula de expurgo, com sentido único de saída do ar.

1 responder

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *